Rompi o tendão, e agora? (Parte 1)

Sempre fui uma pessoa que gostava de praticar esportes (exceto musculação, sempre achei tedioso). Futebol, vôlei, tênis, natação… de tudo. Mas nos últimos anos, estava um pouco sedentário, e com saudade de jogar. Eis que um amigo meu me convidou para jogar vôlei, e aceitei o convite. Estava jogando quando senti uma espécie de pancada, e um barulho alto de algo rompendo (até agora não sei o que aconteceu, se eu escorreguei, se torci o tornozelo ou simplesmente rompeu quando fui dar uma corrida para pegar a bola). Na hora tirei o tênis, pois achei que tivesse quebrado um osso, por causa do barulho. Mas nada.

Única “coisa” diferente foi que eu não conseguia apoiar o pé no chão, o que poderia ser uma torção nos ligamentos. Chego em casa, mancando, e resolvo procurar no Google (e vocês sabem, ou é Covid, ou é gravidez ou é câncer). Pela descrição, rompimento do tendão calcâneo (também conhecido como tendão de Aquiles). Olho para meu pé (ele olha para mim) e dá pra perceber que o tornozelo tá com uma região funda, como se faltasse alto (spoiler: faltava). Porém, por questões de mobilidade, e por ainda torcer para que não fosse nada sério, não fui no Pronto Atendimento naquele dia, esperando alguns dias antes de ir. (Sabem a cena do Harry murmurando “Sonserina não, Sonserina não”? Pois era eu falando “cirurgia não, cirurgia não”.

Após uns dias, fui ao ortopedista. Explico a situação, falo do barulho que escutei, e ele não tem muitas dúvidas: rompimento do tendão, mas pede uma ultrassonografia para confirmar. Saio do consultório, faço o exame e vem a conclusão: rompimento do tendão calcâneo, separados por 3,1 cm. Mando uma foto do exame por Whats à clínica, e o médico pede que eu passe lá, para me entregar requisições de exames de sangue, necessários para que eu possa fazer a cirurgia (pelo menos esses exames ficaram todos normais).  Fiz os exames, e já marquei a cirurgia (para o dia 28 de setembro).

Aqui na minha cidade tem um projeto do Rotary que empresta materiais (como muletas, camas médicas, andadores) para quem precisar. Graças a isso, não precisei comprar um par de muleta, que tem me auxiliado nos últimos dias, uma vez que devo evitar pisar com o pé machucado. Até agora tem sido meio desconfortável caminhar com elas. Fico cansado facilmente, e ainda me atrapalho um pouco quando preciso usar uma das mãos. Mas nada que uns dias de treino não resolvam.

Agora, só me resta esperar a cirurgia, e ver como será o pós-operatório e a fisioterapia.